A importância dos exames laboratoriais pré-operatórios em cirurgias eletivas: riscos e consequências de sua omissão

Título: A importância dos exames laboratoriais pré-operatórios em cirurgias eletivas: riscos e consequências de sua omissão

Antes de se submeter a uma cirurgia eletiva, é fundamental a realização de diversos exames laboratoriais para avaliar o estado de saúde do paciente e minimizar possíveis riscos. Estas análises não só fornecem uma visão detalhada da saúde geral do indivíduo, mas também permitem que a equipa médica tome decisões informadas e prepare contingências em caso de complicações inesperadas. A seguir, exploraremos os exames laboratoriais normalmente exigidos antes de uma cirurgia eletiva e as possíveis consequências de não realizá-los.

  1. Hemograma Completo (CBC) : Este exame é vital para detectar anemia, infecções, coagulopatias e outras doenças hematológicas. Uma contagem baixa de glóbulos vermelhos pode indicar anemia, o que pode causar má cicatrização e recuperação lenta, enquanto uma contagem elevada de glóbulos brancos pode indicar uma infecção que deve ser tratada antes da cirurgia.

  2. Coagulograma : Testes como tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) são essenciais para avaliar a capacidade de coagulação do sangue. Os distúrbios de coagulação podem causar sangramento excessivo durante ou após a cirurgia ou a formação de coágulos sanguíneos perigosos.

  3. Química do Sangue : Esses testes incluem uma variedade de testes, como eletrólitos, creatinina e glicose. Os desequilíbrios eletrolíticos podem afetar a função cardíaca e renal, enquanto níveis anormais de glicose podem indicar diabetes não diagnosticado ou mau controle do diabetes, aumentando os riscos de infecção e retardando a cura.

  4. Testes de Função Hepática : O fígado é essencial na metabolização de medicamentos, incluindo anestésicos. Um fígado que não está funcionando adequadamente pode afetar a forma como o paciente responde à anestesia e sua capacidade de recuperação após a cirurgia.

  5. Análise de urina : Um exame geral de urina pode detectar infecções do trato urinário, problemas renais e diabetes, condições que podem complicar a cirurgia e a anestesia.

  6. Exames de imagem : Dependendo do tipo de intervenção e do histórico médico do paciente, estudos adicionais como raio-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou ECG podem ser necessários para avaliar a saúde de órgãos e sistemas específicos.

Ignorar esses exames pré-operatórios pode ter consequências graves. Um risco é a interação negativa com a anestesia, que pode variar desde uma reação alérgica até complicações na função respiratória e cardiovascular. Infecções não diagnosticadas podem ser agravadas pela cirurgia, podendo se espalhar para outras partes do corpo e complicar a recuperação. Distúrbios de coagulação não detectados podem levar a sangramento incontrolável durante a cirurgia ou à formação de coágulos perigosos no pós-operatório.

Além disso, problemas não reconhecidos em órgãos vitais, como fígado, rins ou coração, podem resultar no manejo inadequado da medicação, complicações graves durante e após a cirurgia e, em casos extremos, podem ser fatais. A não realização desses exames também pode prolongar o tempo de recuperação, aumentar o tempo de internação e, consequentemente, aumentar os custos médicos.

Concluindo, os exames laboratoriais pré-operatórios desempenham um papel crucial na identificação de riscos potenciais e na garantia de que o paciente esteja no melhor estado de saúde possível antes de uma intervenção cirúrgica eletiva. Ignorar esses testes pode resultar em consequências imprevistas e graves, afetando a segurança do paciente e os resultados cirúrgicos. Portanto, é imprescindível que pacientes e profissionais médicos realizem esses exames com a seriedade necessária, garantindo um processo cirúrgico mais seguro e ótimos resultados pós-operatórios.

Leave a comment